CONHECENDO PARA RESPEITAR

O DIFÍCIL NÃO é impossível.Quem vive para o que der e vier,sabe que semeando a boa semente,ainda que seja pela umidade das lágrimas, um dia verá nascerem as plantas. Pode mesmo acontecer que os outros não valorizem o quanto custou esse trabalho. Não faz mal:Você se comprometeu pelo ideal do bem. Não importa também se, nesse esforço, tropeçou e caiu, pois é aos que tombam na luta que se costuma chamar de heróis. Apenas o que se lhes pede é o testemunho daPERSEVERANÇA.(Extraído do livro 100 dicas para viver melhor)Autor: (Gianfrancesco T. Venturin)

domingo, 6 de dezembro de 2009

A deficiencia visual na infância

AS DIFICULDADES DA CEGUEIRA NOS ANOS INICIAIS: O começo da vida: dos 1 aos 3 anos:

Vários autores identificam como ‘sensório-motor’ o período que vai do nascimento até os 3 anos de idade, pois é a fase da construção do sistema de significação, do desenvolvimento cognitivo e da interação com o meio ambiente. Nessa fase, tenham ou não deficiência visual, os recém-nascidos desenvolvem todos os seus sentidos (olhando, cheirando, pegando e experimentando tudo), e também seu sistema motor: aprendem a sustentar a cabeça, rolar, engatinhar, andar, correr, pular, em um processo intenso e dinâmico. Nos primeiros meses de vida eles captam fundamentalmente as sensações de calor, frio, dor, contato, pressão – formas simples de percepção tátil. É assim que a criança vai construindo seu conhecimento, interagindo com o meio, com as pessoas ao redor, comunicando-se e recebendo em troca informações de todo tipo.

A criança deficiente visual (cega ou com baixa visão) desde o início sofre limitações em suas possibilidades de apreensão do mundo externo e de adaptação ao meio. Ela precisa contar com pessoas disponíveis para ajudá-la a explorar o mundo e a elaborar suas próprias informações, usando os demais órgãos dos sentidos – audição, olfato, tato e paladar – para ganhar autoconfiança e senso de equilíbrio.

Todos nós utilizamos uma variedade de recursos para nos orientar no espaço; a visão é um deles. O bebê que enxerga é dotado de um potencial biológico para compreender gradualmente o ambiente e se adaptar a ele, usando todos os sentidos. Já o bebê sem o sentido da visão precisa integrar e sintetizar os dados e as informações captados no ambiente usando os outros canais de percepção sensorial.

É importante que o bebê deficiente visual aprenda a usar seus outros sentidos o mais cedo possível, para se localizar e reconhecer seu espaço, evitando atrasos em atividades como engatinhar e andar. Trata-se de uma questão de aprendizado, pois ele possui o mesmo potencial dos bebês dotados de visão.

Sem poder reagir a estímulos visuais – um brinquedo com cores fortes, o vestido da mãe, a lâmpada que se acende –, o bebê não tem motivações para erguer a cabeça, rolar de lado, tentar alcançar alguma coisa. Como se mexe pouco, seus músculos não se desenvolvem e ele não se prepara para sentar, engatinhar e, depois, andar.

Freqüentemente, os bebês com baixa visão preferem ficar em um ambiente constante e familiar, temendo as mudanças – mesmo que seja apenas uma mudança de posição. Alguns, por exemplo, querem permanecer de costas, escolhendo a estabilidade e a imobilidade para se proteger do desconhecido mundo ameaçador. Mas eles precisam aprender a aceitar as mudanças.

Assim sendo, os adultos devem se preocupar em desenvolver atividades variadas de estimulação, de forma gostosa, como brincadeiras, várias vezes por dia. É importante observar o bebê, para perceber o momento em que está pronto para experimentar novos movimentos e posições, sem jamais forçar uma situação. Quanto mais cedo forem iniciadas as atividades e quanto mais interessantes elas forem, mais satisfeito

ficará o bebê e mais motivado para tentar novas posições. Se desde cedo for mudado de posição freqüentemente (com a barriguinha para baixo, de lado e de costas), ele poderá se sentir confortável em qualquer uma, gostando das mudanças.

Um caso que merece atenção especial é o dos bebês cuja deficiência visual resulta de retinopatia da prematuridade, situação em que a retina não atinge o amadurecimento completo devido ao parto prematuro, ou a um excesso de oxigênio na incubadora. Essa mesma prematuridade provoca também o desenvolvimento insuficiente da musculatura, que não amadurece completamente no útero, prejudicando a motricidade.

Se não forem estimulados, os bebês com deficiência visual tendem a ficar ‘grudados’ no colchão, mantendo a maior parte possível do corpo em contato com a superfície. Com isso, acabam fortalecendo os

músculos errados, o que bloqueia a capacidade de relaxamento e tenciona os músculos, dificultando, enfim, o futuro desenvolvimento motor

Fonte: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000344.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixem aqui seu comentário sobre o trabalho abaixo apresentado.